Juri Racional
Você não tem amor próprio, fulano
Nos envergonha, pensa que é o maior
Não passa de um sem vergonha, em seus atos
Por si só define sua personalidade
Mas é a inferioridade que você sente no fundo
Dá aos racistas imundos
Razões o bastante pra prosseguirem nos fodendo como antes
Ovelha branca da raça, traidor
Vendeu a alma ao inimigo, renegou sua cor
Mas nosso júri é racional, não falha
Por que
Não somos fãs de canalha
Existe um velho ditado do cativeiro que diz
Que o negro sem orgulho é fraco e infeliz
Como uma grande árvore que não tem raiz
Mas se assim você quis, então terá que pagar
Porém agora os playboys, querem mais é que se foda
Você e e a sua raça toda
Eles nem pensam em te ajudar
Então! Olhe pra você e lembre dos irmãos
Com o sangue espalhado, fizeram muitas notícias
Mortos na mão da polícia, fuzilados de bruços no chão
Me causa raiva e indignação
A sua indiferença quanto à nossa destruição
Mas, o nosso júri é racional, não falha
Não somos fã de canalha!
As vagabundas que você a vida toda elogiara
Se divertem hoje, e riem da sua cara
Aquelas vacas usufruíram, usaram do pouco que você tinha
Até a última gota
No entanto, não há outra
E agora?
Você foi desprezado, jogado fora!
Você não precisa delas
Se existem negras tão belas, e pode ter as melhores
Por que ficar com as piores
Burguesas cadelas? pode crer
Estou falando sobre nossa auto-estima
Voce despreza seu irmão não dá a mínima
Mas nosso júri é racional, não falha
Não somos fã de canalha
"Aqui é o Mano Brown, descendente negro atual
Você está no júri racional e será julgado, otário
Por ter jogado no time contrário
O nosso júri é racional, não falha
Não somos fã de canalha
Prossiga mano Edy Rock e tal
Gosto de Nelson Mandela, admiro Spike Lee
Zumbi, um grande herói, o maior daqui
São importantes pra mim, mas você ri e dá as costas
Então acho que sei da porra que você gosta
Se vestir como playboy, frequentar danceterias
Agradar as vagabundas, ver novela todo dia
Que merda
Se esse é seu ideal, é lamentável
É bem provável que você se foda muito
Você se auto-destrói e também quer nos incluir
Porém, não quero, não gosto, sou negro, não posso
Não vou admitir
Do que valem roupas caras, se não tem atitude
Do que vale a negritude, se não pô-la em prática
A principal tática, herança de nossa mãe África
A única coisa que não puderam roubar
Se soubessem o valor que a nossa raça tem
Tingiam a palma da mão pra ser escura também
Mas nosso júri é racional, não falha
Não somos fã de canalha
O nosso júri é racional, não falha
Não somos fã de canalha
Quero nos devolver o valor, que a outra raça tirou
Esse é meu ponto de vista. Não sou racista, morou
Escravisaram sua mente e muitos da nossa gente
Mas você, infelizmente
Sequer demonstra interesse em se libertar
Essa é a questão: auto-valorização
Esse é o título da nossa revolução
O verdadeiro negro tem que ser capaz
De remar contra a maré, contra qualquer sacrifício
Mas no seu caso é difícil: você só pensa no seu benefício
Desde o início, me mostram indícios
Que seus artifícios são vistos pouco originais, anormais
Artificiais, embranquiçados demais
Ovelha branca da raça, traidor
Vendeu a alma ao inimigo, renegou sua cor
Mas nosso júri é racional, não falha
Por quê? Não somos fã de canalha
Por unanimidade
O júri deste tribunal declara a ação procedente
E considera o réu culpado
Por ignorar a luta dos antepassados negros
Por menosprezar a cultura negra milenar
Por humilhar e ridicularizar os demais irmãos
Sendo instrumento voluntário do inimigo racista
Caso encerrado