Febre
Há uma febre queimando a cidade
Que só pega durante o verão
Incendiando a alma da mocidade
Olho no olho, pé com pé e mão na mão
Ninguém está mentindo
Este é o adeus à ilusão
Cada cabeça uma sentença
E um destino gravado na palma da mão
Há uma sede em toda garganta
Que é de justiça, de ordem e ação
Incentivando a coletividade
Pela idéia da união
Ninguém está engolindo
Aquilo que não for de engolir
Cada demanda, cada clamor
No olhar duro de seu portador
Ooooo é osso no couro!
Oooo é ferro e fogo!
Fogo!