Qualquer Domingo
Tá na alma de quem se chega
Entregar bem manso o coração
Doce de boca e estradeiro
O tempo inteiro, sem dizer não
Por isso toda saudade
Se "veiaqueia" logo se amansa
E eu refaço a minha tarde
Com outro mate que ela me alcança.
Enquanto eu inverno os dias
Passam tranquilos, e é bem assim...
E eu busco o sorriso dela
Lá da janela, pra junto a mim
Eu vejo nos olhos dela
Cada silêncio que a tarde tráz
E um brilho que "ás vez" se perde
Quando ela pede, que eu fique mais
Assim, por casa, somos nós dois
E um silêncio que se demora...
No mais vou tocando a vida
Lavando a erva até ela ir embora.
Qualquer domingo quando a saudade é passarinheira
É um bom motivo pro mate, junto com ela, a tarde inteira...