Entre a chuva e a distância
Já fazem quase dois meses, que não saio da estância
Talvez por isso essa ânsia, de rever a minha amada
E esta chuva guasqueada, vem despertar minhas lembranças
Me bate a nostalgia, a noite fica mais fria
Me invade a solidão, sinto a falta dos teus braços
Agüentando os tironaços, do pulsar do coração
(Por isso quando, chove aqui na estância
A água molha a distância e a mágoa molha o meu rosto
E quando longe, daquela flor
Até o vento pajador, compõe rimas de desgosto)
O mate já está lavado, a chuva é gelo nos campos
Dos galos não ouço cantos, são mais frias as madrugadas
Distante da prenda amada rainha dos meus encantos
E assim fico a pensar, se algum dia eu me casar
Com aquela linda flor quero lhe dar o meu carinho
E fazer do meu ranchinho o nosso ninho de amor