Na Santa Paz da Invernada

Rodeio grande parado
Aos olhos de algum campeiro
Que veste o ontem no agora
Espora grande e sombreiro
Balanceando uma tordilha
No alto de uma coxilha
Escoltado de ovelheiro
Capataz antigo, bombeia
A paz que habita o rodeio
Conhece as benções e curas
Por ser um mestre do arreio,
Avista ao longe a cavalhada
E alguma pampa falhada
Beirando o arame do meio
É o campo de bem com a lida
Rincão de pasto e aguada
Pintando um quadro da pampa
Que quase perde a mirada
Donde a paz bebe na fonte,
Revive os tempos de ontem
Na santa paz da invernada
Sem enleios campo a fora
Mira a boiada pastando
Somente o verde estendido,
Rangir de basto, cantando!
Sem bicheira, nem função,
No laço não há tirão
Pra quem cruza campereando
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O capataz, trote manso
Revisa o arame da linha
Sem apear do cavalo.
Pura cepa campesina
De quem cuida mais que o dono,
E de certo não há abandono
Por que conhece sua sina

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