Croissant
O café tá amargo
Duas flores num quadro
Duas dores no peito e cabeça cobiçam meu leito de morte ou meu eu sem meu vicio sagrado
Sangrando aos murros e corvos bicando
Cabeça caindo meu mundo rodando
Mundo apaga muda o curso
Ceife o justo corte as amarras
vá pro fundo
Sete velas queimando na pele
Setecentos manos meus na febre
Na marginal ouvindo bloco sete
Anjos gritam por favor não pequem
Converter minhas mágoas em músicas
É músicas em euros
Pro destino só resta eu em fuga
E meu psicológico enfermo
Enfermidades rondam minha cabeça
A prêmio antes que eu me esqueça
Liberdade e dinheiro é a mesma coisa e antes que eu padeça
Eu só deixo desejos em prece
E o preço da minha liberdade
É o show lotado em cada cidade
Nem começou e tenho medo que acabe
Merda de ansiedade em doses de mediocridade
Insano sem sono é inapto a sociedade
Sem ar sem paz sem lar
Sem histórias pra quem contar
Sem amores pra quem amar e
Sem ninguém pra me puxar
Um passo de cada vez
Um soco de cada vez
Um nocaute de cada vez
Mas uma série dessas e eu acabo com todos vocês
Trabalhando de mês em mês
De vez por vez
De uma vez por todas
Eu só quero que o mundo se foda
Pelo menos uma vez eu quero que o mundo me
Ouça
Meu grito entalado
Passos sempre atrasados
Ando calmo nunca comportado
Coração acelerado
Divulgando informações de cunho sexual
Político e atemporal
Que talvez firam sua Moral e tal
Vagal e as vezes abstrato na sede de ter contrato não tenho dom pra patrão
Dom pra patrão
Sagaz e as vezes caricato minhas rimas São artefatos cuidado com a explosão
Mas hoje não vão conseguir me matar
Mira certa e eu pronto pra disparar
Pensando em ganhar
Sem dor conquistas não valem de nada
Não valem de nada
Se eu jogo é pro meu time ganhar
Me põe na cena que eu faço ela girar
Nadar na grana inimigos do fim nada nos abala