Cerne e Pedra de Taipa
Eu venho destas estâncias
Dos mangueirões campo a fora
Quando se ergueram as estâncias
Que são taperas na história
E fiz à ponta da lança
O que o Rio Grande é agora
Já me deixaram de fora
Do risco de Tordesilhas
Quando as distâncias de outrora
Eram cortadas à quilhas
Mas me forjei campo a fora
E arrebentei as presilhas
Passei por tantas peleias
Que nunca foram descritas
Nas reduções, nas aldeias
Por essa pampa infinita
Por isso, trago nas veias
O que morre e ressuscita
Sou feito dessa mistura
De cerne e pedra de taipa
A legenda que perdura
Da Odisseia farrapa
Pois eu mantive a figura
Do Rio Grande no mapa
Pois eu mantive a figura
Do Rio Grande no mapa
Passei por tantas peleias
Que nunca foram descritas
Nas reduções, nas aldeias
Por essa pampa infinita
Por isso, trago nas veias
O que morre e ressuscita