Taura do Rio Grande
Cresci gineteando potro
Esporeando nas paleta'
Índio xucro e bom de doma
Se conhece nas rosetas
O meu trançado a preceito
Corta o vento e beija o céu
E a gauchada buenacha
Vê que ele tira o chapéu
Sou mescla de chão batido
Com picumã de galpão
Sou campo, rancho e estribo
Que forja a vida do peão
Sou mescla de chão batido
Com picumã de galpão
Sou campo, rancho e estribo
Que forja a vida de um peão
A invernada lá do fundo
O patrão deixa pra mim
Pois sabe que, neste braço
Que tem início e tem fim
A tropa, escolhida a dedo
Sempre ele quer que eu comande
E é assim que este taura
Vai empurrando o Rio Grande
Sou mescla de chão batido
Com picumã de galpão
Sou campo, rancho e estribo
Que forja a vida de um peão
Sou mescla de chão batido
Com picumã de galpão
Sou campo, rancho e estribo
Que forja a vida de um peão
O peso macho nos ombros
E a galhardia do guapo
Tá na cara do serviço
Do dia a dia que passo
Não nego empreitada braba
Encaro qualquer parada
Quando o Sol vem dar bom dia
Já tô no meio da estrada
Sou mescla de chão batido
Com picumã de galpão
Sou campo, rancho e estribo
Que forja a vida de um peão
Sou mescla de chão batido
Com picumã de galpão
Sou campo, rancho e estribo
Que forja a vida de um peão
Este dom que Deus me deu
Eu herdei do meu avô
Não é à toa, chomico
Que a coragem tá onde eu tô
Se você quer ir pra frente
No orgulho de progredir
Olhe um pouco para traz
Que saberás onde ir
Sou mescla de chão batido
Com picumã de galpão
Sou campo, rancho e estribo
Que forja a vida de um peão
Sou mescla de chão batido
Com picumã de galpão
Sou campo, rancho e estribo
Que forja a vida de um peão