Quando em Deus Deságuo
Maninho
Quando em mim luziu
Foi sem dar sinal
Um clarão e eu vi
Tudo em mim sorriu
Pra quem vê de longe
Nada em mim mudou
Não percebe a morte
Que me abandonou
Farpas, féis, quimeras
Passos que não dei
Um quebrar de pedras
Das prisões que andei
Tua mão me alcança
E desfaz meu breu
E meu peito amansa
Dorme e acorda Teu
Molho os pés e a alma
Águas levam o que há de vir
Vida vem, deságua
Teu amor no fim
Colho a paz imensa
Cores nos jardins
Mais da luz intensa
Ilumine a mim