Palavra
Maninho
Que nasça das recordações
Que volta e meia habitam os quartos
Que brote nas constelações
Que algum planeta avista no espaço
Que possa ser assim grande
A ponto de ocupar
Esse vazio que há
Das docas, dos recônditos
Dos pontos de partida e das casas
Asas de colibri, jasmim
Que ganha o ar pintando na alma
As cores e os rubores vis
Que o coração não viu
Nesse vazio que há
E quando os projetos vão, se vão
Por sobre qualquer visão
Da nossa condição
Das marcas, limitações
Que tem passados, contradições
Que só encontra
Em Tua palavra
Toda resposta