A Morte Nunca Existiu

António Joaquim Lança

Tudo o que for vivente tem
Uma queixa que o percorre
E quando um dia a vida morre
A morte morre também

Essa já não mata ninguém
Onde nasceu se sumiu
Pra esse corpo serviu
Ali fez as contas do povo

Não vai de um pra outro corpo
Porque a morte nunca existiu
A morte não sai para a rua, nem anda de terra em terra
E que anda um dia a vida degenera a morte
Cada um tem na sua

Essa já não continua
Onde nasceu foi acabada
Pois foi ser enterrada
Com o corpo debaixo do chão

Mesmo nessa ocasião
Foi pela vida gerada
Onde é que essa morte está, onde tem no acampamento
Pra matar milhares ao mesmo tempo
Uns no estrangeiro, outros cá

Essa morte não haverá
Pra que faça tanto corte
Ainda mesmo que seja forte
E haja isso, eu não acredito

Estragou-se o sangue
Perdeu o espírito
A vida passou à morte

Como é que podia ser
Uma morte só ter tanta substância
Do mundo tão grande distância
Pra tanto vi ver-te morrer

Cada um tem a sua ter
E pela vida que é fundada
Aquela que anda de estrada em estrada
Ninguém tenha esse abismo

Quando se para o maquinismo
É que fica a morte formada
Quando se para o maquinismo
É que fica a morte formada

Curiosidades sobre la música A Morte Nunca Existiu del José Mário Branco

¿Cuándo fue lanzada la canción “A Morte Nunca Existiu” por José Mário Branco?
La canción A Morte Nunca Existiu fue lanzada en 1972, en el álbum “Margem de certa maneira”.
¿Quién compuso la canción “A Morte Nunca Existiu” de José Mário Branco?
La canción “A Morte Nunca Existiu” de José Mário Branco fue compuesta por António Joaquim Lança.

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