Interrupção
Sem dizer, sentir
O mal está padrão
O ar a sufocar
Desviar sem poder fugir
Banalizando a dor
Cotidiano ensanguentado
Interrupção
O desespero funcional
Beirando o fim
O ódio e a razão
Tentam se equilibrar
Sem saber o que lhe atingiu
Tenta contra-atacar
Quer justificar o injustificável
Controlar a narrativa
Achar algum sentido
Onde não há nenhum
Todo o sofrimento é individual
Coletiva solidão
A reação nem sempre é racional
E o ciclo se sustenta
Colecione esgotamento
Interrupção
O conflito indistinto
Tragédia padrão
Quer justificar o injustificável
Controlar a narrativa
Achar algum sentido
Onde não há nenhum
Entre corações partidos, filas, ônibus lotados
Solidão, burnoutando em sonhos liberais
Comida envenenada, água com chorume
Dívida, remedinhos, depressões
Ninguém suporta mais
Interrupção
Interrupção
Interrupção
Interrupção