Escravizado
[Verso 1: Maomé]
A alma acalma, lava, me conduz na levada
Levando minha mente a dimensões originárias
Da Barbária, Babilônia inexistente, incendiada
Sitiada pela amarga e clara manifestação manipulada
Sem proposta, sem resposta, sem conceito, só discórdia
Se sufoca, não se aguenta, logo estoura, acreditando em hipocrisia
Explana a roda, o que não falta é simpatia
Uma miséria pro senhor, e uma mentira pra senhora
Putaria na TV, rádio programação de bosta
Censurando o Rap cultural, só tem espaço para quem rebola
Na tela te cola todo dia várias horas, só pra ver a gostosa mostrando a xoxota
Mas antes tu tem que ver o comercial da Coca-Cola
Te chamam de idiota , diz que é light, não engorda
Te vendem corpo de sereia, e o brinde é virar uma foca
Agora chora, treme os beiços sua angústia põe à prova
Um ser alienado se autodestrói sem dó ou misericórdia
Quer a droga? Só se for agora. Quer ficar com a cara torta?
Lolozinho, scoth 12, cocaína, doce e cola, se for química eu to fora!
Foi se o tempo da pastilha foi se o tempo da marola (vagabundo adora)
[Refrão]
Salvo do alvo olho grande arrogante veiculado
Famoso sanguessuga escasso, farsa, falso
Bebe suco gelado, pro povo é só bagaço
Prospera o errado sua dignidade vai de ralo
Maldito engravatado refém sentenciado
Quem sabe um dia o mendigo ganhe o teu salário
Maldito engravatado refém sentenciado
Quem sabe um dia o mendigo ganhe o teu salário
[Verso 2: Maomé]
Se amarra, discute, e diz que não sabe de nada
Acredita em caozada, mentira escancarada
A deputado esquece em casa a vergonha na cara
Não admite que é errada; juíza falsificada
Piranha vagabunda cachorra politizada
Se prostitui diariamente pra poder fechar com a máfia
Chupa o pau de velho brocha, enche de dólar sua mala
Posso até andar largado mas não sou da sua laia
Não sou da carne fraca; não tenho a mente opaca
Não me corrompo, pois não vendo a luz da minha alma
Melhor viver miséria ao viver na encruzilhada
Condenada, por onde for seu nome tem um que diz que é safada
Jornal de todo dia vem sua foto estampada
Sujismunda ignorante cara feia mal lavada
Pela própria família desrespeitada
Imagina seu filhinho dizendo: "não vale nada"
Deus me ilumine e guie pra longe da tentação
Guarde minha alma e proteja meu coração
Concedei-me a sabedoria pra poder dizer um não
Do dia-a-dia o ganha pão, noite a fora proteção
A ti Pai a rendição, Implorando teu perdão
Livrai-me da escravidão, livrai-me da escuridão
Me leva pra bem longe desse antro de ostentação
[Refrão]
Salvo do alvo olho grande arrogante veiculado
Famoso sanguessuga escasso, farsa, falso
Bebe suco gelado, pro povo é só bagaço
Prospera o errado sua dignidade vai de ralo
Maldito engravatado refém sentenciado
Quem sabe um dia o mendigo ganhe o teu salário
Maldito engravatado refém sentenciado
Quem sabe um dia o mendigo ganhe o teu salário