Gaiteiro, Galpão e China
Quando escuto um gaiteiro de rancho
Retechando a vanera chorona
Vejo a pampa, gaitero e cordeona
Repontando as mais puras essências
E ajorjadado nas reminiscência
Dou de rédeas nas minhas lembrança
E recordo as mais lindas festança
Que cantei nos galpões da querência
É por isto que eu canto e recanto
Esta pampa que me viu nascer
Quem nasce gaúcho morre gaúcho
E é gaúcho que eu quero morrer
Prendas lindas com toques de fita
Sobre as tranças dos lindos cabelos
Que sonhei muitas vezes em tê-lo
Nas mais doces carícias dos dedo
Primeriando nas danças usa o dedo
Que no trago não ganha a chinoca
Prenda linda que um índio provoca
Trazendo no olhar os mais lindos segredos
É por isto que eu canto e recanto
Esta pampa que me viu nascer
Quem nasce gaúcho morre gaúcho
E é gaúcho que eu quero morrer
Neste rude ritual galponeiro
Chão batido de barro e capim
São lembranças que guardo pra mim
Nos pessuelos da minha existência
Resaltando no verso a essência
Dos fandangos, namoros e trago
Dos costumes gaúchos do pago
Tradição dos baguais da querência
É por isto que eu canto e recanto
Esta pampa que me viu nascer
Quem nasce gaúcho morre gaúcho
E é gaúcho que eu quero morrer