Sobrança de Amor
Xico Bizerra
Jessierquirinizar um verso bonito
Louropajeuzando o meu coração
Já manoelbandeirado de tanta emoção
Roseando veredas de um sertão bendito
Um che que na luta guevara o seu grito
Suave, sem nunca desternurizar
O assaré de minh'alma a patativar
Graciliando os ramos do nosso sertão
Um gonzaga feliz tocando baiões
É sobrança de amor na beira do mar
É a chuva chovida aguando o terreiro
Cantiga da volta, chegança do trem
O beijo ganhado de quem se quer bem
Plantação de carinho e o cabra meeiro
Colheita de amor, de janeiro a janeiro
É um verso bem feito, a mulher a cantar
É o fole que pedebodiza o luar
Lá no cariri, moxotó ou na prata
É saudade da boa, que dói mas não mata
É sobrança de amor na beira do mar