Dama & Vagabundo
Baby eu tenho que admitir eu não sou um homem fino
Mesmo com grana, vês o pobre em mim
Eu quis-te convidar para qualquer giro
Mas falo chunga e porra eu odeio gin
Eu queria-te apanhar no bote, tenho vindo a ensaiar a rota
Eu queria-te mostrar o melhor que eu vi
Mas tu és Paris e Bangkok, como hei de eu pensar num spot
Se não vês o pôr do Sol daqui
Para ti sou um low life
Que não vais querer mostrar aos teus pais
E coitado ao pé daquele outro gajo
Mas sou o trapo que tem o que ele não te dá, só pelo meu olho sabes
Eu não vim para comprar-te
Vinha para te fazer rir com vontade
Caçar borboletas que só o amor te dá
Puxar-te os cabelos, chamar-te nomes alto só para que tu voes de quatro
Eu não sou um player shawty, calma
Ou talvez seja agora
Mas contigo baby, dei-me à morte
Eu juro 'tava-me a ver com uma coleira posta
Eu falo mas não tenho assunto, ajo como um grande burro, baby
Ando no esparguete entre a dama e o vagabundo
E eu rebobino a cassete, Yolanda onde andas tu baby?
Voo da Easyjet e hotel com direito a tudo, baby
Tão independente
Não te quero ensinar gosto em depender
Qualquer esforço em querer-te ter, vai dar força a defenderes-te
E há quem só peça um pouco do meu tempo
Eu dou todo o que eu tenho e é sa foda a teu ver
Eu nem sei se é dares sopa ou teres medo
Se calhar meu consolo é esse mesmo
Não chego nem para o ouro do pendente
Baby sou o que tu pensas
Até que me deixes ser eu mesmo
E o que o sapato e o que a mala diz
É que eu nos lençóis sou igual a ti
E tu não vais imaginar as luzes, que tu vês lá do topo
Vem vê-las a brilhar no escuro, no meu bairro à noite
Que eu quero-te mostrar o mundo que não vês em catálogo nenhum
Quero questionar o que tu tens chamado amor
E o que o sapato e o que a mala diz
É que eu nos lençóis sou igual a ti
Imagina assim
Igual a mim se deitados a ver-te sem make up
A cabeça em Marte e assente no meu peito
O tempo a passar e a perder conceito
Silêncio de quem sabe, o mesmo que eu sei
A luz a meio gás, CD de Slow J
Não acendo em casa, ofende o teu cheiro
E eu não prometo dar-te mais do que eu tenho
Se poemas não passam de letras num texto
Eu sou rafeiro demais
Shawty eu já sei o que o game dá e tu também sabes
E tu não procuras alguém que pague nem quem te salve
A ti o melhor que um cavaleiro te trás é o cavalo
O Sexo e a Cidade deram-te traços de Bradshaw
E tu a pensar "credo, tantos sapos. Eu beijo qual?"
Enquanto a fila cresce por um pedaço da atenção
Eles vão falhado do teste do enxoval com um enxovalho
E eu não
Sou desses merdas a quem cagas na cabeça
E vão te chamar de princesa que há uma fila disso
Para ser honesto eu nem ando a caçar a presa
Podia entrar no Matrix "só desvio os tiros"
Mas, contigo imaginei uma vida fixe
De filmar tudo e fazer DVDs
E tu na Ásia a aprender filipino
Sem nunca teres aprendido um feeling destes
Baby o teu charme é tu teres esse ar tão duro
Mas eu vejo mais e tu se calhar não curtes
E eu vou voltar para te convidar de novo
Para te calares de novo e eu não atrapalhar um voo
E eu vou cantar refrãos para tu me ouvires lá de longe
Não vinha dar-te coro, eu vinha dar-te cor
E o que o sapato e o que a mala diz
É que eu nos lençóis sou igual a ti
E tu não vais imaginar as luzes, que tu vês lá do topo
Vem vê-las a brilhar no escuro, no meu bairro à noite
Que eu quero te mostrar o mundo que não vês em catálogo nenhum
Quero questionar o que tu tens chamado amor
E o que o sapato e o que a mala diz
É que eu nos lençóis sou igual a ti