A Grama do Esgoto
O esgoto deixou a grama verdinha
Apesar de sua podridão
Do esforço que foi, a sopa cozinha
Do esforço que foi, pedra vira pão
Não se pode mais pagar esse preço
Não se pode mais pisar este chão
É mirar agora em algo mais leve
É morar em nuvens, nuvens de algodão
E o sorrir não é pra amanhã
Já não se crê mais em monstros no sótão
Já não se crê mais na desilusão
Na rua não há curadoria
Na rua esse cômodo de papelão
E o sorrir não é pra amanhã