A Caatinga das Histórias do Sertão

Artur Áriston, Visage, Munttley Beats

Assum preto a cantar
No ombro de lampião
A caatinga das histórias
Nas profundas do sertão

Te digo a nossa história
A vida no interior
Dum povo forte feliz
Guerreiro e lutador
Que nunca foge da luta
Quem tem um grande valor

Pro nordeste eu vou voltar

Pro nordeste eu vou voltar
Já que aqui é bem ruim
Lá o povo é amoroso
Não sei por que eu sair
Vim pra cá pelo dinheiro
Que ilusão que eu vivi

Pro nordeste eu vou votar

Quem mora no interior
Vai buscar o interior
Vai buscar o aconchego
Nós braços de um amor
Vai em busca da verdade
Custe o preço que for

Pro nordeste eu vou votar

Assum preto a cantar
No ombro de lampião
A caatinga das histórias
Nas profundas do sertão

Pro nordeste eu vou voltar

Lá tem menino correndo
Nas rua e no campinho
Jogando bola de gude
Brincando com um carrinho
Feito de garrafa pet
Madeira e muito carinho

Pro nordeste eu vou votar

Lá tem beleza de sobra
Uma monte de animal
Tem boi, vaca, tatu, cobra
Jegue, beija flor, pardal
Se tu quiser conhecer
Garanto não fazer mal

Pro nordeste eu vou votar

Aqui no interior
Tem muito artesanato
Tem também roda de samba
Cantiga e também reisado
Tem poesia, cordel
Música, dança e teatro

Pro nordeste eu vou votar

Aqui tem arte de sobra
Sendo que arte me veste
Tudo é bem cultural
E a cultura sempre cresce
Se tu chega lá no céu
Tem bem vindo ao nordeste

Pro nordeste eu vou votar

Assum preto a cantar
No ombro de lampião
A caatinga das histórias
Nas profundas do sertão

Pro nordeste eu vou votar

Pro meu roçado vou votar
Por que eu sou sisalista
Guerreiro e repentista
Mas também sou R.A.P
Cultura que vem da rua
Sou Bahia, sou fartura
Horando nossa cultura
Melado nesse dendê

Me dê álcool, me de fogo
Me dê alma, me de trono
Pra esses reis do abandono
HipHop vem cobrar
A conta não fecha e ver
Que para vocês crescer
A gente que vai sofrer
E vocês vão explorar

O sisal é nosso chão
Aqui vocês num vem não
Quem fica no sol então
Tá propenso a se queimar
Empresário no solzão
No motor perdendo mão
Tu é corajoso ou não?
Quero ver tu me provar

Assinar papel é bom
Quero ver é tu no batente
Vira cara, quebra os dente
E sai todinho marrom
Que agora que tem cor
Vai sofrer igual a gente
Pra ver se tu já aprende
A espalhar sempre o amor

Assum preto a cantar
No ombro de lampião
A caatinga das histórias
Nas profundas do sertão

Povo sofredor
Seca, desprezo, calor
Mormaço
Os homens do nordeste brasileiro
Cansado
Cansaram!
Em busca de justiça e vingança
Surgiu o cangaço!

Os cangaceiros conheciam bem a caatinga
Por isso nunca eram pegos
Lucas Evangelista de feira de Santana
Na história foi um dos primeiros
Conhecido com Robin hood da Bahia
Lutava contra a escravidão
Mas ainda era do mal e sorrateiro

Um líder nato, surgiu
Capitão
O rei do cangaço nasceu
De Serra talhada para o grande sertão
Pecheira, chapéu, carabina
Armado até o dente
Mas sem esquecer do gibão

Refrão

Vagando por Santa Brígida
De longe avistou Maria
Alia dá Silva
Esposa do sapateiro Zé
Quer dizer ex
Ave Maria, bonita
Lampião arranjou
Uma mulher, esposa e mais uma companhia

No dia 27 de junho de 38
Na Fazenda Agico, acamparam bando e capitão
Mal sabiam que havia um entre eles um
Traindo o Rei do Sertão

A volante chegou tão devagarinho
Que surpreendeu até o cão

As cabeças dessa tragédia
Viraram motivo de vitória
De pouco a pouco
O extermínio de cangaceiros
Chegou a sua Glória
Foi mais ou menos assim
Que sucedeu
Lampião nessa poesia reviveu
E o Cangaço ficou marcado na história

Curiosidades sobre la música A Caatinga das Histórias do Sertão del Visage

¿Quién compuso la canción “A Caatinga das Histórias do Sertão” de Visage?
La canción “A Caatinga das Histórias do Sertão” de Visage fue compuesta por Artur Áriston, Visage, Munttley Beats.

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