Crise Sonora
Bem que te avisei meu bom, você derrapou no som
Chama geral, tá tudo pronto o plano família
É nóis cumpadi liga olhando na favela, bunda impera
Som de merda, ser omisso no momento
É a cara mas é chato firma, vou sem caô
Na quebrada é nos que rima, tá cheio de bobo no ar
Moda que vem a tocar, porra vou pinar
Fim dos tempos, não vou aguentar, fala que tá bom
Curte um som, sai pra lá meu bom
A cena tá zoada cadê tu pro role do bom
Baseado, diogo loko, viela meu bom
Não dá mais, nem vivi, tô maluco revirando aqui
Sente só a cena, vai pro canto, é melhor assim
Vem pro som das ruas, cara limpa, o rap vive sim
Pode crer que não fiz a milhão, ferro na mira do cão
Cana pra canalha, de politico e mero cusão
Ah se eu te pego pro debate é problema irmão
Aprendi que é assim, grande salve pro loucos daqui
Bonde formado viela, roda quem falha neguin
Pode pá que racha nas ideias, favela é isso ai
Sou ceilândia firma, quem duvida, Japão tá assim
Bem que te avisei meu bom, você derrapou no som
Bom vai sai daqui vaza, balançou tremeu fumaça loucura e o breu, fudeu
Você derrapou no som
O que eu tenho pra dizer pra você que se encontra
Jogado largado nesse mundão, sem desmerecer
Tô no bagui e pago pra ver atitude e de perifa
Coração é de vilão, de xt na fuga na missão olé
Na gtop queimando asfalto a milhão, puta em fih?
Bagui é louco em ti dos becos da samamba
Até as vielas da expansão
Demorou pelo amor seu doutor então me diz qual que é
Não sigo o que você queria sigo remando contra a maré
Sei que a cegueira não contamina aqueles
Que enxergam com os olhos da fé, os anos passando
Só no proceder brindando a vida nego assim que é
Coração do favelado calejado a corrida pros seus sonhos
Não foi eficaz, revoltado escamado no barraco cata
As armas seu milagre ele mesmo faz, a vida ensina
O jogo dita as regras a rua te chama, um dia de visita
Ou um castelo erguido na lama, a firma que se levantou
Parceiro não vai desandar, dispensa os pentes
Aos delinquentes viela loko no ar, sem modinha
Os psicos no estilo gangstar, lealdade compromisso
Com meus versos é o que há, quantas mães do morro
Ainda vão chorar, quantos irmãozinhos ainda vão morrer
Vários patrões fortes vão se levantar, vários mentes
Fracas vão se corromper, vários nesse bang ainda
Vão se jogar, vários na febre com sede pra vencer
Canto o veneno dos mulekes
O sonho do pivete viela17 jamais deixará morrer
Bem que te avisei meu bom, você derrapou no som
Bom vai sai daqui vaza, balançou tremeu fumaça loucura e o breu, fudeu
Você derrapou no som
Pode crer japao meu irmão, ta chegando marcão tive uma visão
A força é maior como a união, e ai diogo loko firmão, se liga na parada
Se liga na levada, chegou a minha hora, simbora
O choro é inevitavel situaçao imputável, o pó é um mal
A erva pode ser legal, mas a pedra é fatal
Depoimentos de um viciado, cara largado, bicho noiado
Dispensa nada consome tudo pode vim um pó pode
Vim a erva até uma pedra, a fumaça vai entrando
E logo vai saindo, a noia vai chegando, a consciencia acabando
Perdeu, desprezo é o que rola se liga eu tô ligeiro
Se o papo é muito doido eu chego eu tô maneiro
Na beira da fogueira biritando liga o preto e vai na fé mete o pé, é
Nós tamo junto pro que der e vier
Pode crer meu bom você derrapou no som
Eu sei que você sempre teve o dom
Balançou tremeu rompeu fumaça louco no breu
E ai cadê o meu, enrola (enrola) o seu
Cabelinho enrolado e bone aba reta geralmente
É o perfil de quem acende o pavio
Engano seu engano meu ve se você se liga
De repente até teu velho se liga numa brisa
Gente rica nego pobre acende uma vela
Esse papo de favela é coisa de novela
O baseado está presente é algo onipotente
O pretinho pode crer faz a cabeça da gente
Não sou racista acredite não é nada contra
No meu nariz uma cheirada pode crer vei, não consta, é
Não consta, Viela 17 eu peço uniao, japao diogo loko e marcao
Bem que te avisei meu bom, você derrapou no som
Bom vai sai daqui vaza, balançou tremeu fumaça loucura e o breu, fudeu
Você derrapou no som