Joio e Trigo
Essa viola eu ganhei numa grande disputa
Ninguém me insulta sem eu retrucá
Sou bão companheiro e amigo de fé
Mas nem o lucifér pode me dobrá
Meu peito é de aço e na força bruta
Tem carreira curta quem me desafiá
É bão que me tenham como um grande amigo
Pois como inimigo eu sou de amargá
O que mais me amola
É violeiro gabola
Perder na viola
E depois reclamá
A mãe natureza me deu este peito
E eu aproveito pra exterminá
Violeiro ruim que não tem sustância
É até ignorância deixá prosperá
Depois os marvado depois cria fama
E o már esparrama por todo o lugá
Esses violeirinho metido a moderno
Que vão pro inferno se o cão aceitá
O que eu penso comigo
Mais apertando eu digo
São o joio no trigo
É preciso arrancá
O nosso folclore é uma coisa sagrada
Mas essa cambada não qué compreendê
Cantá moda alheia ainda incha o peito
E faz todo o jeito pra se aparecê
Põe orquestra de dez ou mais componente
E o disco sai quente como vão dizê
Mas quando eles chega no pé desta viola
Anda iguár angola e começa a tremê
E se a causa me enfrenta
Com essas moda bem lenta
O caboclo lamenta
De me conhece
Aos amigos que estão presente
Francamente eu não quis ofendê
E aos colega que eu já conhecia
Vê de novo é sempre um prazê
Mas não abro mão do que eu disse antes
Não quero que pense que eu quis corrê
Se quisê me está pode vir à vontade
Mas tenha a bondade de sabê perdê