De Tempo em Tempo
De tempo em tempo quando cevo o amargo das ilusões
Dou folga aos tentos desencilhando minhas próprias emoções
Desde piazito me criei tramando cercas
Fui moirão, arame, fui alambrado
Naquele tempo gado xucro pastava livre sem marcação
Estradas largas, trilhos nos campos sem nenhuma divisão
Veio a ganância traçar novos caminhos
Campo invernada, corredor escravidão
(espia só , espia só
O resultado foi campo em pó) bis
De tempo em tempo tento esquecer do alambrado profissão
Do tempo ao tempo embriagado na cuia funda de um chimarão
Rincões abertos são lembranças da saudade
Prisões de arame são heranças da realidade