De Repente

Veronica Ferriani

De repente foi
Ficando simples como começou
Se revelou
Colírio pra um mergulho interior
Menos cavalo dado, mais mistério
Ela queria ser um mar ao pescador
Rio de afinidade pra retribuir
Ao menor sinal de amor
E o que vem lá
Tem riso largo feito cobertor
Quente e fugaz
De um brilho impermanente sedutor
Punhos abrindo mão da certeza
Mágoa arredando pé com a delicadeza do vapor
Velhas desilusões de lado
A tolerância abraça um Sol agregador
Bora rever
Embalar na paz e sossego
Coletividade faz o vício em gentileza
Respeitar
Esse emaranhado perfeito
A verdadeira natureza tá
Na diferença, ó nego
Não julgar por maldade ou desespero
Que não é exato o certo e errado
Existe a onda de cada um
Serenar
Dizer ao coração sem medo
Nem tudo vai ter explicação
Então se apegue ao desapego

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