Na Morada

Quem era a menina cabocla num rosto sereno qualquer
Te fez tão pequeno menino,no leito serviu de mulher
Que tinha a inocência na boca e na barra da roupa um balé
De beijos velou meu destino em cabindas e batucajé
Fez a morada em meu peito
e assim na morada minha cara
Criatura tão festejada
Dentro do coração
Frio e calor nessa estrada
Que vai dá pra bem mais que o sol
Tente apagar meu sol
Sem seu amor não sei nada

O dia ficou mais bonito
Por tantos caminhos cruzei
Segui pelo tempo infinito
Feitiço no olhar viajei
E como num doce castigo
Verdade ou delírios voei
E as asas de um anjo caindo
Seus braços pedindo salvei
Fez a morada em peito
assim na morada minha cara
criatura tão desejada
dentro do coração
frio e calor nessa estrada
que vai dá pra bem mais que o sol
tente apagar meu sol
sem seu amor não sei nada
(REPETE A 2ª ESTROFE)

Na espera se aprende o respirar
Ouvindo o som do silencio e o barulho no ar (não sei nada)
O tempo cantando,contando,contendo os badalos do sino sedente
E louco,e logo no mar
Com o templo naufragado é preciso
Como se Freud explica:
Se der pra ouvir com o sorriso
Se morro ou se fico
Não quero saber de juízo
(não sei nada 3x)

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