Saudade do Meu Sertão
Meus amigos nos bons tempo de crianças daquela saudosa infância as lembranças do meu sertão, quando di La si vai embora, seja no toque do berrante ou no pontilhado da viola, de saudade os olhos chora, chora coração..
Quanto mais o tempo passa mais aumenta essa vontade de deixar essa cidade e voltar pro interior, no lugar da fumaceira dessa cidade agitada quero anda pela invernada i sentir o cheiro da flor. Quando é de tardezinha La eu pego minha traia de pesca as minhoca e a varinha e vou La pro ribeirão jogo o farelo no poço a peixarada se assanha eu que conheço as manhas pego peixe de montão, aos domingos La na roça é tudo daqui bem diferente, a gente passa contente, rodeado de amigos, jogando maias jogando truco, é isso que vou faze, não estou mais indeciso, vou voltar a viver no mato meu sitio meu paraíso qui da gosto a gente vê, lá a gente não fica triste, tristeza La não existe, embora seja um recanto, nos lábios só se vê sorriso, é mesmo um recanto esse paraíso, nos olhos não se vê pranto, vou deixar meu endereço, porque será de bom a preço, si você for La me vizita, venha! Siga por onde a juriti passeia, mais o menos umas três léguas e meia e ali o meu lugar, o gramado verde será o tapete da chegada, veras o gado mancho na invernada ou ruminando no curral, o vento sacode as folhas das palmeira, como se fosse bandeira, estiada no meu quintal, quando for de tardezinha, o sol penetra entre as folhas da candeia, e vai formando na areia, mil desenhos pelo chão, logo adiante quando rali ar o mato, tira do pé sua bonita ou seu sapato, pra atravessar o ribeirão, e ao ir embora, amigo! Por favor, eu li peço, não bata forte a porteira, pois a pancada na madeira machuca meu coração, ela faz me lembrar da batida quem alguém deu na despedida, fazendo dessa minha vida morada pra solidão, mais que solidão que nada, porque, o mais importante meus amigos nessa vida é na família a consciência da missão cumprida e em Deus a devoção, nunca ter ódio nem rancor pois a lição de Jesus nosso senhor jamais levar a mágoa no coração, e assim amigos amores vem e outros vai, e eu recordo todos os ensinamentos do meu velho PAI, Filho! Meu filho o importante nessa vida é ser feliz tenha sempre um milhão de amigos, pois mundo veio nunca ta perdido, assim a viola lhe diz, bonita é a gente vê na fazenda o carro de boi, o monjolo, a moenda, si leva os olhos mais além, a gente vê também uma lavoura coberta de branca renda, bonita é a gente vê, na roça o roceiro contente, semeando ou colhendo, o pão pra gente, bonito é a gente vê o sorriso da criança inocente, bonito é ver o PAI feliz dialogar com o seu filho obediente, bonito é ver a família reunida, a MÃE até quando chora, quando a Deus ela implora, pedindo a virgem nossa senhora, prum filho na despedida, bonito é a gente vê e apreciar uma bela moda, raiz sertaneja, igual o drama de cabloca chamada Tereza, que um dia teve um triste fim, é a história de um cabla sofrido e apaixonado, que uma vez desesperado e amargurado é a história que diz mais o menos assim...
É só modão meu povo