Dublinense
Poucas vezes eu vi você passando
Debaixo de um céu que é de ferro que só esteve olhando
Caçando fantasmas em cacos de vidro
Em busca daquele seu trago antigo
Sem nenhuma chance acaba sempre ferido
Com sete palmos de vida já não corre perigo
Correndo pra fora do que tem por dentro
Daquela porta que só fecha com o vento
Rua após rua, grito por grito
Eu não vou lhe contar o que eu já havia dito
Dita olhares, mas isso não lhe faz a cabeça
Coisa daquilo que deixa a sua pira intensa
Nos pés descalços os dedos talhados
Passando por cima de coração empalhados
Rua após rua, grito por grito
Eu não vou lhe contar o que eu já havia dito