Só Eu Sei Ver

Tiago Bettencourt

Desfaz-se o tempo em rotinas e vontades
Em projetos e verdades
Em desgostos que se alastram
Em vestígios distorcidos
De nascentes que encontramos
E é sempre quando seca que
Tudo se tem que agarrar
Tudo faz fugir
E a verdade passa a estar
No fundo de um copo cheio do que se quer ser
E a beata no chão que faz os olhos arder
É a nova moda nas crianças que ainda estão a aprender
Como têm que estar
E andar
E beber
E dançar
E comer
E falar
E ouvir
E sentar
E sorrir
P'ra saber existir

Só eu sei ver o sol nascer
Só eu sei ver o sol nascer

Desfaço-me em pedaços, em retratos
Em mentiras que trocámos e abraçámos
Sim, fugimos mas voltámos
E o que presta é o que resta em nós
No fim de festa onde todos sabemos quem somos
Ou quem não se quer lembrar
Ou quem precisa de estar
Perdido noutro sonho
A mesma noite, o mesmo copo
O mesmo corpo, a mesma sede que não sabe secar
Onde se encontra sem se procurar
Onde se dança o que estiver a tocar
Muito fumo
Muito fogo
Muito escuro
Onde somos o que queremos
Quase somos o que queremos
Quase fomos o que queremos

Só eu sei ver o sol nascer
Só eu sei ver o sol nascer

Quase que fomos o que queremos
Quase somos o que queremos
Quase fomos o que queremos
Quase somos o que

Só eu sei ver o sol nascer
Só eu sei ver o sol nascer
Só eu sei ver o sol nascer
Só eu sei ver o sol nascer

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