Criminoso
O tal de quirino bastos
Foi pior que o lampião
Matava por passá tempo
Na mais crué judiação
Quantas moças que morreram
Nas garras do valentão
Quanto sangue derramado
Quanto luto no sertão
No seu cavalo assassino
Por nome de satanás
Quirino basto chegou
Lá no vendinha do brás
Provocando a rapaziada
Costume que sempre faz
Estou aqui porque cheguei
Sem beber ninguém não sai.
Tinha um menino na venda
Foi saindo ali do meio
Pinga à força eu não bebo
Falou mesmo sem receio
Quirino deu uma risada
Vai bebê menino feio
Home de barba na cara
Tenho cortado de reio.
Barba na cara eu não tenho
Os meus atos eu determino
Eu não tenho pai nem mãe
Nem sei qual é o meu destino
Mas eu tenho educação
Apesar de ser menino
Venha de reio cortar
Se tu fôr homem quirino.
Pela guascada do reio
Com uma bala ele encontrou
Quirino puxou o revólver
Mas suas forças acabou
Quirino deu quatro voltas
Caiu no chão e falou
Me perdoe rapaziada
Que o menino me matou.