Candieiro da fazenda
Chibante e Valente,
Bordado e Coração,
Marmelo e Marcante,
Carreiro pai João,
Na frente o candieiro,
Menino de pé no chão,
Ele era apaixonado
Pela filha do patrão.
Ai, meu Deus, o menino era eu,
Ai, meu Deus, o menino era eu,
A paixão virou ferrão,
Come fere o peito meu.
A menina se formou,
Tem um diploma na mão,
Eu na escola do mundo
Não aprendi a lição.
Hoje ela é casada,
Está morando na cidade,
Está nos braços de outro
E eu nos braços da saudade.
Ai, meu Deus, o menino era eu,
Ai, meu Deus, o menino era eu,
A paixão virou ferrão,
Como fere o peito meu.
Pai João já foi pro céu,
Sua boiada morreu,
O velho carro de boi
Nem sei o que aconteceu.
Eu não bati na boiada,
Mas o mundo me bateu,
A paixão virou ferrão
E o boi de carro sou eu.
Ai, meu Deus, o menino era eu,
Ai, meu Deus, o menino era eu,
A paixão virou ferrão,
Como fere o peito meu.