De Pé No Estribo
Encilhei o meu baio a preceito, satisfeito num fim de semana
Um apero trançado a capricho, sobre cincha, pelego e badana
Bem montado sai atalhando aprumando pra ilha do quai
Um frasquito de canha na mala, água benta do Rio Uruguai
Quase dentro da boca noite, o açoite do vento trazia
Um resmungo de gaita baguala, meia légua distante se ouvia
Velho quico agregado da ilha, coronilha de marca buerana
Dava baile num rancho de pobre, pra os gaudérios no fim de semana
De surpresa ninguém lhe pegava, encarnava num porte mediano
Um festeiro de fundo de campo, um estilo de velho paysano
Embretado no povo onde eu vivo dando estribo dos meus afazeres
Só me resta uma vaza de tempo pra lembrar dos antigos prazeres