Conveniências
Não convém, medir medos, comedir sonhos
Ao palhaço um sorriso tristonho
Beber a vida sem motivo fugaz
Não convém, amar pouco
E com muita decência,
Amor morno por conveniência
Apagar a luz e não se deitar
Não convém, Não convém
Não convém
Querer muito, pedir pouco
O coitado que não sofreu coito
Comer o prato para servir o jantar
Não convém, não convém
Não convém acreditar sem veemência
Pai e mãe sem paciência
Se despir e não se doar
Não convém,
Não convém,