Quando Eu Jogo a Rede
Não nego fogo, eu sou nordestino desde menino sou de trabalhar
Tu me respeita, sou sujeito homem brigo com a fome num sol de rachar
Faço uma lenha com minha peixeira uma besteira não me faz brigar
Não tenho água, mas eu tenho sede quando eu jogo a rede é pra namorar
Quando eu jogo a rede, é pra namorar
Carcará pega, mata e come carcará
Eu sou da terra do seu Virgulino seu Severino também é de lá
E nessa vida o que me consome é a saudade grande pra danar
Quando eu me lembro da minha rendeira só a sanfona pra me acalentar
Só bebo água quando tenho sede quando eu jogo a rede boto pra quebrar
Quando eu jogo a rede boto pra quebrar
Carcará pega mata come Carcará
Em todo canto vou tocando a obra a mão-de-obra é dura de achar
Eu ganho pouco pra deixar o couro farinha é ouro. Não pode faltar
Eu vou na venda do seu Vitorino e compro bucho, jerimum, Jabá
E tomo uma pra enganar a sede vou pra minha rede. Eu vou descansar
Vou pra minha rede, eu vou descansar
Carcará, pega, mata e come Carcará
Carcará, pega, mata e come Carcará