Orçar
[Intro]
Na viragem, a direcção do teu coração
Eu viajo na direcção do teu coração
Uma viagem na direção do teu coração
Do teu coração
Do teu coração
[Verso 1]
Ouçam
As coisas nem sempre são como dizem que são (Não!)
Trago tanta coisa dentro do meu peito, o coração
Uma caneta pousa perto do meu jeito de atração
Nesta mão um dialeto, um modo, um verbo, uma impressão
Para falar de emoção
Também há que ter noção
Estimular esta dicção na direção da ascensão
Nunca falei de ambição na ilusão, porque é que não?
Ao longe uma aparição onde as palavras dançam
Eu continuo na proa desta embarcação (sim...)
Enquanto o teu balão voa, tão à toa, sem visão
Só depois da escuridão eu vi este clarão
Só depois da imersão
O oxigénio da coesão
A opinião e a oposição nunca me afogarão!
Não acredito no padrão
Persecução da ocasião
Procuro ter precisão
Vivo em constante mutação
A proporção da reacção nunca me fez comichão
Uma solução para a situação
É a prontidão da sensação
Intervenção à submissão
Uma superelevação
Se é para entrar na emissão
Que seja com esta versão
Eu já vivi mais infernos, mais invernos que verão
Nado em mundos paralelos juntos, cerne da questão
Porque todos são inteiros
E trouxeram uma canção
Que embala os meus veleiros
Em roteiros passarão
Por nereidas e mostrengos
Homens cegos cairão
Nestas águas chorei mágoas
Bebi delas, perdição
Uma poção mais salgada
Que salga a minha paixão
Esta voz ficou sarada
Tinha nela esta lesão
Que a mantinha mais calada mas aprendi a lição
O meu corpo me remava
Cansava-me a lentidão
Mas aos poucos conquistava
Guiado pela intuição
As vontades que guardava
Ansiavam uma feição
Disponível e factível
Transmissível gratidão
A bombordo, alma audível, combustível, ignição
Uma viagem tão incrível na direcção do teu coração
Do teu coração para o teu coração
Do teu coração
[Refrão]
Na viragem a direcção do teu coração
Eu viajo na direcção do teu coração
Uma viagem na direcção do teu coração
Do teu coração
Do teu coração