Tudo Passa
Marcus Américo / Silvestre Kuhlmann
Quando aparecem, só os vejo, problemas
Ando e em volta não percebo nada
Fico desperto em alta madrugada
Todo o meu ser ocupado em dilemas
Não há espaço pra belos poemas
Não há riso para a melhor piada
Não há tempo para a pessoa amada
Me parece que estou preso em algemas
Mas me lembro, na vida tudo passa
A dor que se foi não é tão doída
Sua lembrança pode até ter graça
No fim do fogo, fica só fumaça
E a casca é o que resta da ferida
E ressentir-se é a única desgraça