O Forasteiro
Neste mundo de praças e avenidas
Onde todos pretendem ser primeiros
Eu sigo a estrada como os forasteiros
Sabem trilhar o rumo de suas vidas
Vejo as cidades pútridas, feridas
De pragas que se ocultam nos terreiros
Esgotos poluindo seus ribeiros
E a triste legião dos suicidas
É por isso que eu vim viver nos campos
Entre crisântemos e pirilampos
Onde as estrelas sempre brilham mais
E, quando o vento sopra das campinas
Para embalar miosótis e boninas
Eu sei que é tempo de viver em paz