O Protesto
As peleias continuam
Por diferentes ideais
Só que as batalhas são verbais
Não são com lanças nem garruchas
Com promessas esdrúxulas
O poder querem alcançar
Sem com o povo se importar
Nem com as histórias gaúchas
Muitas histórias de lutas
Nossa gente enfrentou
Mas nunca imaginou
Que hoje ainda sofreria
Vivendo em agonia
Ainda quer o seu espaço
Peleando contra o fracasso
E toda a demagogia
Por isso então o protesto
Deste povo valente
Que apesar de descontente
Ama essa pátria sulina
Refrão enquanto por outro lado
Massacram o pobreril
Isto é por todo o Brasil
E desse estado virou sina
Línguas que parecem lanças
Usam o terno como escudo
E o papo macanudo
É a estratégia pra vencer
Sempre almejando o poder
Sem medir as consequências
Mantendo suas aparências
Enquanto estamos a sofrer
Se foram as brigas armadas
Este tempo já passou
E hoje até piorou
Aumentando o sofrimento
Gente jogada ao relento
Em camas de papelão
Não são bichos, são irmãos
Vê se tem cabimento
Tem muitos engravatados
Que são os mesmos oficiais
Que em batalhas carnais
Mataram muitos inocentes
Hoje não é diferente
Continuam a matar
Ao não se importar
Com o frio e a fome do vivente