Pavio do destino

Sérgio Sampaio

O bandido e o mocinho, são os dois do mesmo ninho
Correm nos estreitos trilhos, lá no morro dos aflitos
Na Favela do Esqueleto, são filhos do primo pobre
A parcela do silêncio que encobre todos os gritos
E vão caminhando juntos, o mocinho e o bandido
De revólver de brinquedo, porque ainda são meninos

Quem viu o pavio aceso?
Do destino
Quem viu o pavio aceso?
Do destino

Com um pouco mais de idade e já não são como antes
Depois que uma autoridade inventou-lhes um flagrante
Quanto mais escapa o tempo dos falsos educandários
Mais a dor é o documento, que os agride e os separa
Não são mais dois inocentes, não se falam cara-a-cara
Quem pode escapar ileso do medo e do desatino?

Quem viu o pavio aceso?
Do destino
Quem viu o pavio aceso?
Do destino

O tempo que é pai de tudo e surpresa não tem dia
Pode ser que haja no mundo outra maior ironia
O bandido veste a farda da suprema segurança
O mocinho agora amarga um bando, uma quadrilha
São os dois da mesma safra os dois são da mesma ilha
Dois meninos pelo avesso, dois perdidos Valentinos

Quem viu o pavio aceso?
Do destino
Quem viu o pavio aceso?
Do destino

Curiosidades sobre la música Pavio do destino del Sérgio Sampaio

¿Cuándo fue lanzada la canción “Pavio do destino” por Sérgio Sampaio?
La canción Pavio do destino fue lanzada en 2006, en el álbum “Cruel”.

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