Seresta A Sertaneja

Elomar Figueira De Mello

Nos raios
De luz de um beijo
Puro me estremeço
Eis me a navegar
Por cerulias regiões
Onde o avaro ao impuro
Não é dado entrar
Tresloucado cavaleiro
Andante a vasculhar
Wspaços de extintos céus
Num confronto derradeiro
Venci prometeu
Anjo do mal
O mais cruel
Acusador de meus irmãos

Nestes mundos dissipados
Magas entidades
Dotam o corpo meu
De poderes encantados
Mágicos sentidos
Na razão dos céus
Pois findir
O espaço e o tempo
Vencer
As tentações rasteiras
Do estinto animal
Só e dado quem vê no amor
O único portal

Através de infindas cenas
Vias estrelares
Num cordel de luz
Trago atado ao umbigo ainda
Pois não transmudei-me
Ao reino dos cristais
Apois Deus acorrentou
Os sábios na prisão escura
Das três dimensões
E escravisados desde então
A serviço do mal
Vivem a mentir, a enganar
A iludir os corações

Visitantes das estrelas
Hóspede celeste
Visões ancestrais
Me torturam
Pois ao tê-las
Quebra o encanto
E torno ao mundo
Dos meus pais
A minha origem planetária
Enfrentar a mansão da morte
Do pranto e da dor
Donzela fecha essa janela
E não me tentes mais

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