Presente Em Papel de Pão
A porrada que eu dei
Vai deixar a cicatriz
Uma marca que te prova
O mal que um dia eu te fiz
A mancha na camisa
O lenço sujo no chão
Coisa nojenta pra alguns
Um sinal de podridão
Esse é o meu presente
Embrulhado em papel de pão
Um naco da sua carne
Uma doce recordação
Fizemos a chacina
Que gerou um bom fruto
Olhe agora na janela
Gente morta e gente de luto
Sangue Seco na parede
No ar o cheiro de matança
De gente desgraçada
Tempestade antes da bonança