Beija-Flor de Nilópolis - Samba-Enredo 1990
A luz resplandeceu no caos
Anunciando um novo dia
Haja terra, água, fogo e ar
Imensas florestas, terríveis animais
Surge o homem
Todo mundo nasceu nu
Criou seu aparato, que barato!
Começando o rebu
Vestiu a frente
Cobriu atrás
Por baixo dos panos
Sacanagem
Vestiu a frente
Cobriu atrás
Por baixo dos panos
Sacanagem
Trepado no cangote
Dos pecados capitais
Galopou a humanidade
Um lindo paraíso descobriu
Sou eu este gigante Brasil
Tropeço do meu caminhar
Monstros de aço, em selvas de pedra
Ninho de famintas serpentes
Devoram toda riqueza e beleza
Que sufoco, minha gente!
Hei de vencer, de vencer
No carnaval extravaso o meu canto
Vale o que está escrito, é o grito
Olhai os lírios do campo
Toca fogo no rabo
De quem nada faz
Eu sou povo, me acabo
E não aguento mais
Toca fogo no rabo
De quem nada faz
Eu sou povo, me acabo
E não aguento mais