Rotina de um Caminhoneiro

Cândido / Rossi

Vou tentar contar agora
Como é a vida na estrada
A estrada é uma vida que não pode ter parada
Acho que posso dizer
Que é uma vocação
Enfrentar o sol ardente ou a cruel serração

É obrigado a cumprir
Sua rota seu destino
Responsável homem forte aventura de menino
Frete nunca tem faltado
O que falta é carinho
Solidão bate pesado e ele então sofre sozinho

É um vai e vem danado
Que o caminhoneiro faz
Ora está no Rio Grande, ora está em Goiás
Às vezes em Porto Velho e outras em Niterói
Viajar sempre é preciso, mesmo que a saudade dói.

Tô chegando, tô saindo
passo dias nas estradas
Fico tempo sem olhar o rosto da mulher amada
Somente por telefone nós matamos a saudade
Vida de caminhoneiro é cumprir sua jornada.

Vez em quando eu choro muito
Tiro a angústia do peito
Já tentei mudar de vida mas já vi que não tem jeito
É estrada e mais estrada
Que eu vejo até dormindo
Se hoje estou chegando, amanhã já estou saindo.

É um vai e vem danado
Que o caminhoneiro faz
Ora está no Rio Grande, ora está em Goiás
Às vezes em porto Velho e outras em Niterói
Viajar sempre é preciso, mesmo que a saudade dói.

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