Libertas
Como é difícil cantar o sublime
Num País de miséria e prosperidade
Se em nossas ruas crianças são bichos
Como falar da Mãe Liberdade?
Quantas vezes mais teremos que morrer pela utopia.
Mártires do grande sonho humano:
A comunhão, a tribo, o amor, o pão, a liberdade.
Me diz quem é livre e senhor de si mesmo.
Quem não é escravo de suas paixões.
Quem domina sua mente e seus medos.
No voragem de fogo dos corações.
Na febre das grandes cidades
Quem não sofre o jgo e arrasta grilhões
Com o peso da dor da humanindade
Quem não chora perdido na noite?
Alguém nos falou da liberdade: Olhai os lírios do campo
e as aves do céu; Não semeiam nem fiam; Escutai seu canto.
No coração da amazônia, nas cavernas do himalaia
O curumim e o sábio sabem andar no fio da navalha.
Liberdade - Só esses podem chamar teu nome
Abre as asas sobre nós e mata nossa fome.
Como pode o teu Mundo nascer
Se o velho Homem em nós não morrer?
Sê nossa mãe e nossa luz
Nosso farol, Liberdade ainda que tarde!
A rosa estrela me diz:
Já vejo a glória da manhã.
As águas douradas de aquário vertidas em nós.
LIBERTAS QUAE SERA TAMEM