A Crise

Eu sou estúpido estático lúcido matemático
Pareço Pitágoras com aquele ar dramático
Diagrama do tempo vem a ser clássico
Tu aqui dás pra menino voltas pro ensino básico
A crise ataca só vejo dividas
A crise ataca só vejo dividas
A crise ataca só vejo dividas
A crise ataca só vejo dividas
Aquele que pensa que o crime compensa se calhar não está enganado
Metade da tuga anda a bulir a ser comido pelo estado
Mas quando chega a hora certa eu como mas não calo
Pois há muita gente por aí que adora cantar de galo
Públicos importados
Falam químicos e fardos
Não há descontos para o nosso primeiro ministro
Não responda eu insisto
Não desisto há primeira
Não menciono o meu quartel
Só que faço mais com a cabeceira
Do que você com um anel
Não tenho raça Madureira
Tem vício de papel
Não na boca na carteira
Abre mais portas do que uma passerelle
Acordo sempre mal disposto e deito-me num estado de euforia
Era suposto adormecer só fecho o olho quando é de dia
Vejo os traços de desgosto no rosto de quem eu não queria
Um dia a teimosia paga imposto na verdade eu não sabia
A crise ataca só vejo dividas
A crise ataca só vejo dividas
A crise ataca só vejo dividas
A crise ataca só vejo dividas
A crise ataca só vejo dividas
A crise ataca só vejo dividas