Fado Mutante
Sou cavaleiro errante
Deserto, imensidão
E vou errando sempre buscando
A oriente secreto no meu coração
Sou cavaleiro ausente
Tão só recordação
E vou atrás do vento
Que vem do levante
E cheira a jasmim e açafrão
Um dia vou contar a minha história
Talvez assim me prestes atenção
Porque o que eu sou é parte da memória
Que a gente tem guardada num caixão
Ai este fado mutante do emigrante
De tempo liberto
Ai esta sina minguante
Às vezes tão longe
Àz vezes tão perto
Tão longe, tão longe, tão perto
Sou cavaleiro andante
Herói de uma ficção
E levo sempre a luz
De uma estrela cadente
Na palma da minha mão
Um dia vou contar a minha história
Talvez assim me prestes atenção
Porque o que eu sou é parte da memória
Que a gente tem guardada num caixão
Ai este fado mutante do emigrante
De tempo liberto
Ai esta sina minguante
Às vezes tão longe
Àz vezes tão perto
Tão longe, tão longe, tão perto
Tão longe, às vezes tão perto
Tão longe, tão longe, tão perto
Às vezes longe, àz vezes perto, ta-ra-ri-dai-dai