Ei!
Ei
Me olhe
Finge que não me negou
Vê que de repente
Seu rosto tão ausente
Parte o pouco do que sou
Importa-se onde vou?
Eu não pretendo ir tão longe
Então pesará menos
O muito que se quis
De onde estou
Me bastaria um aceno
Ei!
Me olhe
Me note
Me dê uma chance
Que eu já não sei
Por Deus, não sei
Quantas vezes eu tentei
Ei
Acorde
Pense que não se entregou
Crê no recomeço
Se fie no apreço
Nos dias de solidão
Adote uma lembrança
É que quando a saudade acorda
Aqui, ninguém mais dorme
Em vez de dispensá-la
Que tal tirá-la para dançar?
Ei!
Me olhe
Me note
Me dê uma chance
Que eu já não sei
Por Deus, não sei
Quantas vezes eu tentei
Eu passei
Você passou
Nós passamos
E nossa espera se mantém
E permanece sendo
Um verbo infinitivo de frustração
Não, não, diga-me que não vê
Meus pés indo embora
Portanto, ei!
Me olhe
Me note
Me dê uma chance
Que eu já não sei, por Deus, não sei
Quantas vezes eu, eu, eu
Me dê boa noite
Me cumprimente
Que eu já não sei, por Deus, não sei
Quantas vezes