Guerreiro da Poesia
Cada vez que um trovão
Estoura tremendo o chão
O meu peito revigora
Quando um corisco azul
Brilha de norte a sul
O som do pinho melhora
Feito as águas da cachoeira
Caindo sobre a pedreira
Nas noites que tem luar
Minha voz também ondeia
No clarão da Lua cheia
Por sobre as ondas do mar
Pego água na peneira
E carrego no jacá
Aonde eu cheguei andando
Quem corre não vai chegar
Tem muita gente correndo
Mas não pode me alcançar
Quando um raio arrebenta
Bem no meio da tormenta
Eu vejo o final da guerra
Por onde o clarão se espalha
Vou vencendo a batalha
Triunfando sobre a terra
A viola é minha espada
Que traz o fio da verdade
Cortando a força do mal
Sou guerreiro da poesia
No quartel da cantoria
Eu cheguei a general
Pego água na peneira
E carrego no jacá
Aonde eu cheguei andando
Quem corre não vai chegar
Tem muita gente correndo
Mas não pode me alcançar