Derrota
Na face do seu rosto adolescente
Há uma flor que morre e dá perfume
E a minha voz acorda, de repente
Para abafar, talvez, esse queixume
E a minha voz inventa uma canção
À qual, desesperado, me confio
Pressinto insónia, o pesadelo e o frio
Das pálpebras batidas sempre em vão
A palidez inspira-me o desejo
De erguer ainda aqueles dedos laços
Que longe em longe, muito longe vejo
Mas eis que chegam pérfidos cansaços
Ou que pisada míngua do meu beijo
Inerme peito à míngua dos meus abraços
Na face do seu rosto adolescente
Há uma flor que morre e dá perfume
E a minha voz acorda, de repente
Para abafar, talvez, esse queixume
E a minha voz inventa uma canção
À qual, desesperado, me confio
Pressinto insónia, o pesadelo e o frio
Das pálpebras batidas sempre em vão
A palidez inspira-me o desejo
De erguer ainda aqueles dedos laços
Que longe em longe, muito longe vejo
Mas eis que chegam pérfidos cansaços
Ou que pisada míngua do meu beijo
Inerme peito à míngua dos meus abraços