Arroz À Carreteira
Eu deixei meu rio grande lá no sul do meu país
Me arribei por outras bandas esperando ser feliz
Hoje aqui longe dos pagos da querência e do galpão
A saudade é mais amarga do que o próprio chimarrão
Minha prenda prometida eu deixei lá em caxias
Deixei rastro em passo fundo perto de santa maria
O gaúcho da coxilha é igual um beija-flor
Por todas partes que passa sempre deixa um novo amor
Santana do livramento, esta saudade é cruel
Ajudai-me são leopoldo e também são gabriel
Quem me dera estar agora onde o pensamento vai
de rever minha chinoca e também meus velhos pais
O arroz a carreteira que minha velha fazia
Era o prato mais gostoso do rincão onde eu vivia
Tenho medo do regresso, maus pensamentos me vem
Pois talvez chegando lá não encontre mais ninguém