Praça da Sé
Aqui na cidade grande
Não é lugar de caboclo
Quem se criou no sertão
Não suporta esse sufoco
Poluição arde as vistas
O barulho não é pouco
A violência me assusta
É uma coisa de louco
Por mais que a polícia cuide
Assaltos não diminuem
É um crime atrás do outro
No transporte coletivo
O povo anda sufocado
Chega até onze pessoas
Dentro de um metro quadrado
Essa gente sofre muito
Transportada que nem gado
Passageiro arrisca a vida
Nas portas dependurado
Roubo de carro é constante
Acontece a todo instante
Bancos são sempre assaltados
Com grande imigração
São Paulo encheu de gente
Aqui tem fila pra tudo
É tanto inconveniente
Quando chega a chuvarada
O povo sofre com as enchentes
E os atropelamentos
Pelas ruas são frequentes
Sempre tem bala perdida
Ferindo e tirando a vida
De pessoas inocentes
Vou trocar apartamento
Por um rancho de sapê
No sul de Minas Gerais
Região de Guaxupé
Não quero mais ver fumaça
Saindo de chaminé
Vou viver lá no interior
Até quando Deus quiser
Cidade grande é um castigo
Um abraço, meus amigos