Em Clima de Rodeio/ Olhos Azuis/ Opinião de Caboclo (pot-pourri)
Alô, alô, alô, moçada do chapéu grande
E bota do cano longo
Logo após as montarias
Tem viola e tem fandango
Alô, alô, alô, mulher loira ou morena
Eu não faço muita escolha
Hoje a jiripoca pia
O pau quebra ou cai a folha
No brete tem touro bravo
No lombo peão valente
Arquibancada lotada
Pra todo lado tem gente
A mesa da comissão
Tem um grande presidente
Homem guiado por Deus
Presidente do pé quente
Morena dos olhos verdes
Cabelo preto e comprido
Bem maior que o seu cabelo
É o chifre do seu marido
Desculpe se eu apelei
Mas é que tive essa ideia
São versos dos locutores
Brincando com a platéia
Pra festa nada me estrova
Por falta de roupa nova
Passei o ferro na véia
A mulher que conheci balançou meu coração
Esses versos fiz pra ela, inspirou essa canção
Esse seu jeitinho meigo e uma fina educação
Dois lindos olhos azuis que provocam sedução
Esses seus olhos azuis que me encheu de paixão
Quer dar fim na minha vida, me leva pro cadeião
A gaiola dos seus braços é a melhor solução
Para sentir no meu peito pulsar o seu coração
Só espero que o delegado não me dê voz de prisão
Com esses olhos azuis, não acaba não, mundão
Eu fui lá na sua casa para te ver, não te encontrei
Acho que você escondeu para não me ver, eu desconfiei
Morena sem coração, não é assim que se faz
Nem que eu morra de paixão na sua casa não volto mais
Ai morena, deixa de judiação
Seus caprichos são demais
Maltrata meu coração
Coração bom eu tenho, mas sou de opinião
Isso que você me fez eu não lhe dou perdão
Se tem outro que te ama
Não me engane faça o favor
Por que se for indo assim
Eu sei que o meu fim é morrer de dor
Devias compreender que não pode ser assim
Eu amo tanto a você e você não gosta de mim
Ai morena, você foi os sonhos meus
E agora não me quer mais, vou te dar o meu adeus
Adeus ingrato amor, amor ingrato adeus
Nunca mais serei escravo dos caprichos seus
Nunca mais serei escravo dos caprichos seus