No meu mate os teus olhos
Ao pé do braseiro, aquento a saudade
Que aos poucos invade minhas horas de ausência
Solito mateio o calor dos teus beijos
No louco desejo de ter tua essência
E vejo no verde da erva do mate
Teu olhar que rebate a esperança que trago
Preciso ir além desse mundo de sonhos
Encontrar teu risonho recanto de afagos
(Assim eu aprumo a emoção do momento
No rouco lamento do verde no fim
Te amando em soluços num mate de estribo
Talvez o motivo que voltes pra mim
Sorver nos teus olhos a seiva do amargo
É beber da ilusão desse sonho carancho
Na busca constante pra ter-te comigo
Ao calor do braseiro aqui neste rancho
Quando as cinzas da alma se acendem em anseios
Parando em rodeios nos campos da mente
Eu vejo mais lindo no riso da espuma
Teu olhar que então ruma aos olhos da gente)
Eu vejo mais lindo no riso da espuma
Teu olhar que então ruma aos olhos da gente